terça-feira, 8 de novembro de 2011

Poesia pra ele

Ah, Don Juan vagabundo,
que de olhar tão profundo,
me levou o coração.
E as palavras pouco claras.
Das canções mais raras,
domina o refrão.
Menino vadio, sem escrúpulos,
me deixou em seu mundo
levou todo o meu chão.
E depois, como quem logo esquece,
não que eu me interesse,
anda em outra paixão.
Pequeno, nem todo bonito,
provocou o meu grito,
E na garganta mil nós.
Mas por trás de todo esse teatro,
dois mais dois são quatro,
Estaremos a sós.
Pouco me importam as outras,
Teu molde sou eu e não cabe ninguém.
Na tua fôrma, só cabe meu corpo,
Minhas formas, meu rosto te dizem: amém.
Apesar de você,
amanhã ha de ser:
Eu sorrisos, você solidão.
Como o filho que volta pra casa,
cortarás tua asa
e trarás, coração.