Se te tenho, não te trouxe, não tenho
Num instante, já pedaço, não morro
Se te vivo, sem querer, já te firo
Eu te perco se demais não me afasto.
Por teus olhos, já não sou mais palhaço
Por demais, eu já não quis mais teus olhos
Se te chego, te começo vermelho
Se te arranco, sem querer sou teu passo.
Se te quero, no trapiche, eu sou noite
Eu te firo, se te toco, eu te quero,
Se te assopro, ventania, eu sou dia
E teu riso faz medida que é meu
Aqui lua, nem chegada e seguida
Se me tens, já não sou, eu já sou teu.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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Soneto muito bonito!
ResponderExcluirParabéns..
Lindo! Adorei...
ResponderExcluirGosto de textos assim, bem sonoros. As rimas ficam ecoando enquanto lemos. Parabéns, Ernesto.
ResponderExcluirBelíssimo soneto, Ernesto! Não o esqueci desde que o apresentaste no sarau e vim fuçar o prosas atrás...hehehe
ResponderExcluirSamantha Allevato