segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

FORJA DE UM SENTIMENTO SEM NOME


“Acontece porém que não tinham preparo algum para dar nome às emoções, nem mesmo para tentar entendê-las (...).”



Que desejos inauditos repousam nas cores
difusas de uma aurora efêmera?

O que se oculta no roçar sutil do dourado nas nuvens?
Qual o gosto do vermelho solvido nos mares?
Por quem flamula a rosa nas areias?
O que vive no laranja soprado pelo vento?

Neste caos sinestésico
- e nada sutil -
habita um sentimento sem nome,
forjado da mesma matéria que é feita a aurora:
dúvidas, sóis e corpos.


Desejos, ainda que inefáveis, gritam
auroras são eternas.

3 comentários:

  1. Defino em amor,tudo que provém da criação de Deus. Puro amor,nas flores,na aurora,nas nuvens...
    Teu texto tá lindo. De uma riqueza poética invejável! Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Estreia no Prosas? Q lindo poema, Hugo!Qnt sensibilidade! Parabéns!

    ResponderExcluir
  3. Hugo, belíssimo!
    Bonitas imagens!
    Traga outras!
    Parabéns!!!

    ResponderExcluir