segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tudo meu; Tudo teu

Contemplo-te na essência da saliva

No salgado da lágrima

Sentindo no meu deguste

O sabor da tua tristeza


Não te iludas

Que qualquer distância separe nossos corpos

Ou que qualquer espaço afaste minha lembrança


Eu permaneço contigo

Mesmo na ausência do tocar

Mesmo na falta no olhar


Meu âmago

Sofre pela tua falta

Meus sonhos choram o teu sofrer

E na perpetuidade do meu querer-te

Hospedo tuas lamúrias

Em fases contundentes de sentir


Na conexão das nossas paixões

Idas e vindas dos corpos

Reformas e formas da minha alma

Sentem a tua doçura

Se despedaçando em ciúmes

E recompensando em perdão.


Tens tristeza como todos

Mas minha tristeza é como de poucos

Sofro porque sofro

Ou sofro porque sofres

São as duas únicas maneiras

De não ter perto de ti

Os sorrisos de amor e compreensão

Que hoje

Que sempre

Terei ao te observar

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