segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Festa da vida

Grande o homem é em reconstrução
Tijolos e massas em emoções decaídas
Reverberando na alma o som de uma tristeza indecente

A calma já não me pertence
Nem o desespero me assola
Em estado sem sentido, sem conceito
Sem a definição de uma construção
Pois as mãos suam quando surge a necessidade de definir-me
E os domingos suicidas parecem começar a fazer sentido
Aos olhos pobres do homem ainda cheio de vida
E ainda há muita vida pelos ares externos à minha caixa de aflição

Há muita vida para desistir da vida
Pois a vida, assim como o coração do poeta
É sem definição e sem possibilidade de mensuração
A vida é sempre enorme e é vida, ainda que pouca.

-Paulinho Tamer
27.10.2012

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