Esquece e me guarda na flor da pupila
Carnuda e escarlate --- de lua encerrada
A pele, devoras,voraz e desnuda
Devora e me morde,
Não fique acanhada.
Enjaula-me nu no afagar de teus olhos
Da íris formosa co’ uma Eros marcada
Não deixa que nada te escape fogosa
Teus olhos me guardam
Não fique acanhada.
Olhar por detrás, sobrepostos instantes
Olhar por adentro, a libido velada
Suspende-se o véu delicado e movente
Dos olhos da onça
Não fique acanhada.
Devolvo este olhar, teus olhos me queimam
Facínora louca,com a pata melada
Teus olhos me prendem,não dizem teu nome
Olhar de felina
Não fique acanhada.
O tempo não passa , ponteiros devassos
Molhado relógio,mulher revelada
Teus olhos suados me esquecem, me somem
No fogo das horas
Não fique acanhada.
Esquece e me guarda na flor da pupila
Carnuda e escarlate --- de lua encerrada
A pele, devoras,voraz e desnuda
Devora e me morde,
Não fique acanhada.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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Esse boto é foda hauehuehaeu
ResponderExcluirBem, o comentário acima foi o de bêbado, estava voltando do meu reveillon de dois dias e feito uma música de boteco rsrsr. Uma vez sóbrio, só posso te dizer que és o nosso Castro Alves. Parabéns!
ResponderExcluirÉ o boto mesmo... heheheh
ResponderExcluirEu digo isso mesmo sóbria.
Parabéns Ernesto, belo poema!