sábado, 8 de outubro de 2011

Homem, Mundo

Ah, Deus

Me orgulho dos vastos céus sem azul

Dos mares agitados e sem piedade

Das terras chacoalhantes e indignas


Me orgulham também as flores mansas e inocentes

O asfalto negro e resignado

As arvores que questão nenhuma fazem de se mexer


Assim me regozija a paixão

Sem calma nem paciência

Sem imagem nem decência


Da mesma forma o amor

Paciente e desprendido

Sem avidez nem possessão

Lento e etéreo como os ventos


Somos seres como a natureza

Violentos e pacíficos

Ingratos e agradecidos

Subjugados a dor e a alegria

Eivados por esperança e desespero.

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