Para Torres Moraes,
Perfume de livro,
Perfume de livro,
calma estação.
Me corta a brisa
com tua voz.
Por trás, vens
sem te revelar.
Me corta a brisa
com tua timidez.
De frente, te fito.
Tu corres teus olhos ao chão.
Me corta a brisa,
com o doce da tua voz.
Te reconheço.
Não sei por quanto tempo.
Te cheiro.
Teus olhos correm aos meus.
Me corta a brisa
com o teu perfume:
Perfume de livro
papel e tinta;
Perfume de poema
cabelo e voz;
Perfume de roupa,
algodão, azul, abissal;
Perfume de abraço,
sonho e mansidão.
Me corta a brisa
com teus sonhos....
...Que agora são meus.
Belíssimo poema meu ilustre. Ao contrário dos meus ultimos poemas, mais cerebrais, tu adotaste um estilo mais simples, parecido com o do e.e cummings. Com uma suave musicalidade, mas versos brancos, ficou um poema muito bem escrito e belo. Meus parabens!
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