Eu penso em ti
No cheiro do café requentado
Nas noites ingratas
E em todos os momentos e coisas nostálgicas do dia-a-dia
Nem foste tão duradoura em meu pensamento
Nem foste tão marcante em minha vida
Mas foste tão conturbada quanto eu
Tão desajeitada em tuas coisas
Tão completa de palavras e argumentos
Nunca foste fisicamente atraente
E nem moralmente correta
Nunca foste um exemplo a ser seguido
E nem nenhuma dama social
É, o que me atraiu em ti
Sempre foi tua sinceridade abusada
Tua verdade estúpida
E a tua total falta de condescendência
Teus cabelos negro-rebelde
E o caimento que davam em teu pescoço
Eram realmente atrativos físicos
Teu corpo também
Mas tuas feições sempre foram duras demais
Para que fosses um exemplo de beleza.
Estupidez da natureza reinventada
Do contraditório gritante
Da tua pele congelada em sedução
E derretida em pecado
Configurando toda a perdição dos homens
Na tua infantil brincadeira de ser mais do que és
De ser o além de ti
De criar a paixão
E por fim
Arrancar sangue dos que cativas
Doce monstro, meu amor.
Paulinho, meu querido...
ResponderExcluirDesculpe-me a expressão.
Achei muito foda!
"Configurando toda a perdição dos homens...Na tua infantil brincadeira de ser mais do que tu és...(De) Arrancar sangue dos que cativas..."
Gostaria de ter mais vocabulário pra descrever o teu poema-navalha.
Lindo demais!
Paulo, tu és nosso Monstro.
Parabéns.
Ricardo Evandro.
Gostei bastante!
ResponderExcluirMulheres... tsc tsc tsc...todas são doces monstros, meu amor...
ResponderExcluir