Insinuei um verso, silêncio da noite
Teus olhos me fugiram em sinal de adeus
E o medo foi caindo, caindo
Deixando tocar os teus dedos
Na ponta dos meus
Alquimia de amor, é madrugada
O teu riso embalou o meu ar
O teu corpo se atirou ao esteio
Teu seio sorriu ao luar
Colori um verso, cheio de encanto
Arando o tempo e vendo nascer
A palavra que pintasse tua arte
Meu encanto no tempo a bater
Vem logo ser minha musa
Já pões pensamento e fogo a girar
No movimento desses mesmos cabelos
Que, de noite, te vi soltar
Já se arrancam vestígios de medo
Já vagueia meu não poder ser
De que adianta negar o desejo
Que nos teus olhos eu vejo nascer?
Belíssimo meu ilustre
ResponderExcluirGostei "teu seio sorriu ao luar".Muito bom!
Parabéns, belíssimo o poema, tanto no ritmo quanto nas metáforas.
"já vagueia meu não poder ser"...Ai, David, só tu mesmo pra escrever assim. Lindo poema!
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