quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu Filho

De faca, madeira muni
o menino que corre, que corre dali

Ligeiro, esperto já sabe roubar
Lamento, espero que saiba fugir

Que roube sem dó tudo que puder
Pra que amanhã eu possa servir

Não nos engane e traga pra cá
O que for preciso pr'eu poder sentir

Que amor e carinho que tanto dei
Voltará dobrado como eu pedi

2 comentários:

  1. Gostei. Não sei se era sua intenção Gilberto, mas tive uma leitura bem real da poesia. De algo do nosso dia-a-dia, que tentamos não ver.


    Parabéns.

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  2. A realidade às vezes é tão cruel que sua recriação poética se torna ao mesmo tempo pungente e bela.
    É como vejo, por exemplo, "Sweeney todd, o barbeiro demoníaco da rua Fleet" - musical do Tim Burton. O que há de intensa desgraça também há de lirismo.

    Valeu!

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