Eu mordisquei tudo
Como se eu nada
Tivesse no escuro ---
E a lua encostada...
Seus bicos tão duros
E a boca ensopada
Eu estava impuro
Ela imaculada.
Brincava de furos
E o dente empalava
Já quase no escuro
Ela suspirava.
A carne no muro
A sombra embalava
Um corpo de músculos
Que ria a dentadas.
Os dedos na boca
E a lua sem chão
Ela era uma louca
E eu a razão
Brincando nas docas
Uma lua e um cão.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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Maravilha, Ernesto. Muito bom!
ResponderExcluirPerfeito!
ResponderExcluirParabéns caríssimo!
ResponderExcluirMeu amigo é um gênio saliente!
ResponderExcluirEita que a lua tem deixado esse povo inspiraaado ^.^
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