quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Uivo ao luar

Eu mordisquei tudo
Como se eu nada
Tivesse no escuro ---
E a lua encostada...

Seus bicos tão duros
E a boca ensopada
Eu estava impuro
Ela imaculada.

Brincava de furos
E o dente empalava
Já quase no escuro
Ela suspirava.

A carne no muro
A sombra embalava
Um corpo de músculos
Que ria a dentadas.

Os dedos na boca
E a lua sem chão
Ela era uma louca

E eu a razão
Brincando nas docas
Uma lua e um cão.

5 comentários: